História, histórias e curiosidades
Em 1904 chegou o primeiro automóvel à Madeira, em 1912 veio um automóvel pela primeira vez à Camacha e em 1929 são emitidas licenças para automóveis pertencentes a camacheiros. O porquê destes largos anos, para a efectivação de algo que hoje nos é tão trivial, explica-se sobretudo pela demora em criar condições para que isso pudesse acontecer, nomeadamente adaptar ou construir estradas que o permitissem (vide neste blogue Primeiro Automóvel , Viação Acelerada e A Inauguração ) . Chegados os automóveis naturalmente tornou-se necessário o seu abastecimento, mas até o momento não foram encontrados documentos que elucidem exactamente quando e onde se terá iniciado o fornecimento de combustível na Camacha. Em 1941 Pedro da Mota solicitou um auto de vistoria à Direcção dos Serviços Industriais Eléctricos e de Viação para instalar na Achadinha um depósito de petróleo e gasolina. Se isso se efectivou não se conseguiram até o momento encontrar documentos que o comprovem. Em Maio de 1954 a firma Leacock e Cª. Lda. solicitou à Câmara de Santa Cruz licença para instalar no Largo da Achada uma bomba auto medidora de gasolina com depósito subterrâneo e duas chapas esmaltadas com os dizeres “Castrol” e “BP” no edifício Estrela da Manhã. A Câmara deferiu os dois pedidos, apenas com a condição de a localização exacta ser definida por si. Em Novembro do mesmo ano a mesma empresa solicitou à Câmara licença, para levantar quatro metros de calçada na Achada para instalar um tanque subterrâneo. Em Agosto de 1957, a Companhia Portuguesa de Petróleos BP apresentou um pedido à Câmara para instalar uma bomba com o respectivo depósito subterrâneo na Achada, o qual foi deferido para o mesmo local onde se achava instalado o posto solicitado anteriormente. Em Junho de 1960 foi feito novo pedido nos mesmos termos, o qual a Câmara sujeitou a um parecer do arquitecto Luís da Conceição Teixeira (vide neste blogue As metamorfoses da Achada ). Em 1963 foi apresentado novo pedido para, com certeza, adaptar às transformações que então decorriam na Achada. Esta bomba terá sido desactivada entre a década de setenta e inícios da de oitenta, do século vinte. Fernanda Nóbrega @ CAMACHA - camacha (weebly.com) Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira, Câmara Municipal de Santa Cruz
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Abril 2024
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