História, histórias e curiosidades
“… And now for Camacha! Manoel led the gray horse to the gate and we climbed to the village where I passed my pleasantest days in Madeira. The dew moistened camellia trees drooping with white flowers as if with snow steeped in the yellow low light of the full moon rising above the ocean, the gray mist in the forests and gorges below; the mystery of shadows, the silence of night, the fragrance of gardens, lading the slumberous air with perfume- not once, nor twice but many times did I gather a rapturous delight from the solemn glory of such nights at Camacha. But there was one walk at sunset that exceeded all others in this Eden of enchantment. It led to a depression between the hills, which was covered with the dense growth of an ancient chestnut forest. The superb masses of verdure were beyond compare. Underneath one walked in a cool and emerald gloom, as in a vast temple. Venerable trunks like pillars supported the leafy roof, and in the vista between them the ethereal azure of the ocean was seen, and the roseate mists of evening trailing over it like a procession of naiads. The splendor of the setting sun crept in here and there under the forest, strewing the mossy floor and the stems of the trees with specks of gold, and suffusing the tree tops with a purple tint like the atmosphere of love. Primeval quietude and peace reigned throughout the serene and majestic glory of the scene. They call this place Valparaiso- the Vale of Paradise[i].” … E agora para a Camacha! O Manoel conduziu o cavalo cinzento até o portão e dai subimos à aldeia onde passei os meus mais agradáveis dias na Madeira. O orvalho humedeceu as camélias de onde caiam flores brancas, como se fosse neve mergulhada no amarelo da luz suave da lua cheia erguendo-se sobre o oceano. A névoa cinzenta nas matas e ravinas, sob o mistério das sombras, o silêncio da noite, a fragrância dos jardins impregnando o ar adormecido com perfume, não uma nem duas, mas muitas vezes eu colhi um deleite arrebatador da glória solene de tais noites na Camacha. Mas houve um passeio ao pôr-do-sol que superou todos os outros, neste Éden de encantamento. Levava a um vale entre os montes, densamente coberto por um antigo bosque de castanheiros. As soberbas massas de verdura eram incomparáveis. Por baixo, caminhava-se numa sombra fresca, verde-esmeralda, como num vasto templo. Veneráveis troncos, como pilares, sustentavam o telhado frondoso e entre eles avistava-se o azul etéreo do oceano e as névoas rosadas da noite arrastando-se sobre ele, como uma procissão de ninfas. O esplendor do sol poente rastejou aqui e ali sob a floresta, pincelando o chão musgoso e os caules das árvores com manchas de ouro e inundando as copas das árvores num tom púrpura, como um clima de amor. A quietude e a paz primevas reinaram em toda a serena e majestosa glória do cenário. Eles chamam este lugar de Valparaíso, o vale do Paraíso.) Samuel Greene Wheeler Benjamin foi um diplomata, jornalista, autor e pintor americano. Nasceu na Grécia em 1837, filho de pais missionários americanos e faleceu em Vermont, USA, em 1914. Entre as suas diversas obras duas delas contêm descrições da Camacha: The Atlantic islands as resorts of health and pleasure de 1878 e The World's Paradises… de 1880, da qual foi transcrito o texto acima. Em nossa companhia, enquanto locais paradisíacos estavam, na opinião do autor: Damasco, Bursa, Bósforo. Esmirna, Quios, Nápoles, Córsega, Menton, Sul de França, Norte de Portugal, Açores, Ilhas do Canal, Ilha de Wight, Bahamas, Fort George Island, Lake George, Bermudas, Tenerife e as Ilhas Sandwich. Fernanda Nóbrega @ CAMACHA - camacha (weebly.com) [i] BENJAMIN Samuel Green Wheeler, The World's Paradises: Or, Sketches of Life, Scenery, and Climate in Noted Sanitaria
0 Comments
Leave a Reply. |
Autores Somos vários a explorar estes temas e por aqui iremos partilhar o fruto das nossas pesquisas. O que já falámos antes:
Abril 2024
Categories |