História, histórias e curiosidades
Desde os primórdios do povoamento que construir e manter estradas transitáveis na Madeira constituiu um desafio hercúleo. Durante quase seis séculos as estradas eram poucas e de parca qualidade. Em meados do século dezanove Manuel José Júlio Guerra, Major do Corpo de Engenheiros elaborou um “Mapa descriptivo do estado em que se achão as communicações da Ilha da Madeira, os melhoramentos que percisão e as quantias que se julgam necessarias para se levarem a effeito. Funchal 9 de Fevereiro de 1846.”[i] Nesse estudo o autor resumiu os pontos principais das diversas estradas. A estrada entre o Funchal e a Camacha foi assim descrita: S. Filipe, Ponte e Fonte do Farrobo, Tanquinhos, Ponte de Madeira, Palheiro do Ferreiro, Ladeira Grande, Achada dos Barreiros, Igreja da Camacha, Ribeira de Pedro Lourenço. O percurso até a Camacha media três léguas e gastavam-se quatro horas para o realizar. Apesar desta estrada estar sob a alçada das Obras Públicas, ao longo dos tempos foram diversas as iniciativas de privados para efectuar reparações ao longo da mesma. James Bean e outros cidadãos britânicos contribuíram significativamente para as reparações da estrada aquando da aluvião de 1842 e Robert Taylor em 1861 promoveu uma subscrição com o mesmo objectivo visto a mesma estrada estar intransitável[ii]. Até meados do século vinte e sofrendo pequenos melhoramentos ao longo dos tempos, esta foi a principal estrada a ligar a Camacha ao Funchal. Fernanda Nóbrega @ CAMACHA - camacha (weebly.com)
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Abril 2024
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